FOLHA DE S.PAULO 

O jornal americano New York Post endossou a reeleição de Donald Trump à Presidência dos EUA em editorial divulgado nesta segunda (26).

Com o slogan da campanha de 2016 do republicano, “Make America Great Again” (faça a América grande novamente), na capa, a publicação apontou a economia como o aspecto mais decisivo do pleito de 3 de novembro e defendeu uma recuperação liderada por Trump.

“Podemos voltar à explosiva criação de empregos, ao aumento dos salários e à prosperidade geral que tínhamos antes da pandemia. Podemos ter liberdade e oportunidade econômica e resistir à cultura do cancelamento e à censura. Nós podemos colocar 2020 para trás e fazer a América grande de novo, outra vez”, diz o texto da publicação.

O editorial elogiou a condução do republicano durante a crise do novo coronavírus, por ter instituído proibições de viagens e fornecido apoio aos estados, e destacou as conquistas econômicas do governo Trump antes da pandemia, como as baixas taxas de desemprego.

Trump, entretanto, foi amplamente criticado por ter minimizado a gravidade da crise sanitária desde o seu início e por ter pressionado governadores a reabrirem os estados sem aval de autoridades médicas.

Um governo de Joe Biden, por sua vez, de acordo com o jornal, estaria preso a uma “esquerda socialista”, que “abriria as portas das fronteiras novamente” e tentaria uma “normalização” na relação com a China.

O democrata, no entanto, membro do campo moderado do partido, já disse que deve continuar a enfrentar a China para conseguir mais vantagens aos americanos.

Em outubro, o tabloide publicou uma reportagem controversa acusando Biden e o seu filho, Hunter Biden, de ter feito negócios antiéticos na Ucrânia enquanto o democrata ainda era vice-presidente dos EUA.

O link do texto chegou a ser bloqueado no Twitter, e seu alcance, limitado no Facebook. Já Trump defendeu o artigo publicamente.

Nos EUA, a declaração de voto dos jornais é uma tradição antiga. No começo de outubro, o New York Times publicou editorial endossando Biden e o descreveu como alguém que está à altura do desafio de “restaurar o coração da América”. Na eleição presidencial de 2016, o New York Post preferiu se abster, sugerindo que os americanos votassem naquele que “desgostasse menos”.