A segurança dos jornalistas, a desinformação, o papel das plataformas de internet e a viabilidade econômica dos meios de comunicação são o foco das atuais conversas globais em torno da liberdade de imprensa, liberdade de expressão e acesso à informação pública. Sua abordagem ocupará grande parte da Conferência anual do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, organizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e pelo Governo do Uruguai de 2 a 5 de maio de 2022, em Punta del Este.
A conferência incluirá uma ampla variedade de sessões e eventos para pensar coletivamente sobre as implicações e desafios que esses temas têm no atual contexto latino-americano e caribenho. Para isso, a Unesco Montevidéu promove um programa de eventos regionais junto com mais de 10 organizações aliadas que trabalham ativamente desde o jornalismo, justiça, academia e sociedade civil.
As atuais crises globais – sanitárias, políticas, ambientais – mostram, cada vez mais, que a informação é um recurso precioso para a convivência cidadã e o exercício de direitos: um bem comum. No entanto, sua produção e acesso estão em risco.
Os dados mostram que quem trabalha na mídia sofre diariamente diversos tipos de ataques e ameaças: prisões, prisões, expulsões, vigilância e violência online – que atinge principalmente mulheres jornalistas e representantes de grupos minoritários – cerceiam sua liberdade e sua direitos fundamentais e limitam severamente a qualidade de seu trabalho jornalístico.
A essas condições extremas de trabalho, marcadas por diferentes contextos geopolíticos, soma-se a crise de financiamento e viabilidade da mídia, que leva ao surgimento de “desertos noticiosos” e afeta negativamente as condições de trabalho e salários dos profissionais da mídia; exacerbando as disparidades de gênero, tanto na profissão jornalística quanto na cobertura jornalística da realidade.
A necessidade de transparência e responsabilização das plataformas da Internet é outro tema central no debate contemporâneo para encontrar soluções para problemas que ameaçam nossas sociedades e liberdades, como ameaças à liberdade de expressão online, proliferação de desinformação ou discurso de ódio.