Estudo da Associated Press (AP) confirma a lacuna existente no uso da inteligência artificial (IA) entre grandes e pequenos meios de comunicação, o que pode agravar ainda mais o panorama atual da indústria midiática, em que os grandes dominam a audiência em detrimento dos locais ou menores, em parte devido ao uso da tecnologia.

Experimentar com inteligência artificial e com qualquer tecnologia de automação requer pessoal treinado, tempo e dinheiro. Muitas das redações onde as pesquisas foram distribuídas aludiam à rotatividade de pessoal, muitas vezes perdendo a pessoa que havia sido o motor da inovação.

Outros entrevistados disseram que não podiam permitir que um de seus poucos repórteres levasse um mês para aprender como essa tecnologia funciona e como aproveitá-la, porque precisavam dele em outras funções.

O relatório também confirma que a tecnologia atual nas redações locais é irregular e muitas vezes fora de sincronia. “Adicionar outra camada a uma pilha de tecnologia já complicada pode estar fora de questão para muitas redações”, explica o relatório da AP.

Apesar de a lacuna existir e ser perigosa, pesquisas encontraram histórias inspiradoras de redações construindo soluções para lacunas tecnológicas. Em outros casos, jornalistas com mentalidade tecnológica criaram automações básicas para ajudar sua redação a lidar com uma avalanche de informações.

O estudo dedica uma seção final para sugerir onde o uso da inteligência artificial na mídia local pode ser focado para fortalecer pontos fracos, otimizar fluxos de trabalho e melhorar as oportunidades de monetização.

Baixe aqui o relatório em inglês