Videogames jornalísticos são mais uma forma de conquistar e reter assinantes, segundo o livro Newsgames: Journalism at Play, de Ian Bogost, Simon Ferrari e Bobby Schweizer. “Se forem aceitos pela indústria como um método viável de fazer jornalismo, não apenas um presente ocasional para os leitores on-line, eles podem dar uma contribuição valiosa.”

O Financial Times, por exemplo, lançou um jogo climático pedindo aos participantes que joguem e enfrentem o desafio de atingir zero emissões até 2050, conta Chris Sutcliffe, no Media Voices. O game é baseado em relatórios e dados reais, embora o jornal lembre que “é um jogo, não uma simulação perfeita do futuro”. Baseia-se no modelo de emissões desenvolvido em 2022 pela Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês).

Os cenários usados ​​no relatório “Net Zero by 2050” da IEA foram recalculados para rastrear resultados de temperatura para caminhos específicos usados ​​no jogo. O objetivo é manter  o aquecimento global em 1,5°C, reduzindo a zero as emissões de dióxido de carbono relacionadas à energia até 2050.

Segundo os autores do livro, “o jornalismo abraçou a mídia digital em sua luta para sobreviver. Mas a maior parte do jornalismo online simplesmente traduz as práticas existentes para a web: as histórias são escritas e editadas como se fossem impressas; recursos de vídeo e áudio são produzidos como seriam para televisão e rádio”.

Os videogames “são elementos nativos e não uma forma digitalizada de mídia anterior. Os jogos simulam como as coisas funcionam construindo modelos interativos. O jornalismo como jogo implica algo mais do que revisar velhas formas de produção de notícias”, indicam.

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