Os jornais brasileiros adaptaram-se com sucesso às novas normas para a publicidade legal nos meios impresso e digital, que passaram a valer neste ano.

Boa parte dos bons resultados, segundo representantes dos jornais, se deve ao trabalho conjunto feito a partir da criação do Grupo de Publicidade Legal dentro do Comitê de Mercado Anunciante da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e do guia (leia aqui) elaborado pela entidade que reúne atividades obrigatórias por exigência de lei, sugestões de boas práticas nas publicações legais e informações técnicas de diagramação.

Segundo José Pereira, um dos coordenadores do grupo e diretor de publicidade do jornal O Estado de S.Paulo, o trabalho conjunto – envolvendo também as agências de publicidade e a Associação Brasileira de Agências e Veículos Especializados em Publicidade Legal (Abralegal) – garantiu o credibilidade e a transparência nos anúncios legais.

“Os clientes compreenderam a necessidade de publicação legal tanto no impresso (resumo ou na íntegra) quanto no digital, e isso deixou de ser uma despesa e é agora, na prática, um investimento”, disse Pereira em reunião do Grupo de Publicidade Legal realizada nesta terça-feira (28).

Os representantes dos jornais associados da ANJ ressaltaram que a necessidade de adaptação às novas regras resultou em um avanço significativo nas práticas da publicidade legal, tais como a certificação digital e a rastreabilidade possíveis a partir da publicação digital.

Também coordenador do grupo, Daniel Villaça, diretor executivo da Gazeta de S.Paulo, destacou a importância de a ANJ começar desde já uma atualização do guia de boas práticas, o que vai ocorrer a partir de agosto.

“A publicidade legal é peça fundamental de transparência e acesso à informação. É por meio dela, por força de lei, que o cidadão tem acesso às informações pelos veículos de comunicação, conseguindo assim fiscalizar os recursos e decisões de seus governantes”, diz a ANJ no guia lançado em dezembro de 2021.

“A transparência nas informações combate a corrupção e o direcionamento de contratos, estimulando assim o cidadão à fiscalização”, enfatiza o documento.