Estudo qualitativo liderado por Tim Groot Kormelink, da Vrije Universiteit Amsterdam, mostra que os motivos para que as pessoas não paguem por notícias são praticamente os mesmos em diferentes países desde que as assinaturas digitais se tornaram um gerador de receita.
A pesquisa, segundo David Tvrdon, no The Fix, cita preço, acesso a notícias gratuitas em outro lugar, comprometimento e questões técnicas como os principais motivos dos leitores para evitar o pagamento de uma assinatura.
O estudo segue os resultados de entrevistas com 68 participantes que experimentaram uma assinatura gratuita de teste de jornal de três semanas e depois foram entrevistados sobre suas considerações para (não) obter uma assinatura paga.
Veja cinco subtemas o que pesquisador holandês identificou relacionados a preços:
Muito caro – para os participantes mais jovens, o orçamento limitado era um problema e, para outros, era o preço alto seguido de uma proposta introdutória e um preço alto de longo prazo (anual, etc.).
Assinatura impressa como preço de referência – os participantes argumentaram que a assinatura de notícias era muito cara sem saber o custo real, tendo uma assinatura impressa como seu preço de referência, que tende a ser muito superior ao digital.
Preocupações normativas contra o pagamento de notícias – alguns participantes, embora um grupo marginal tenha sugerido que não podem pagar notícias de qualidade e acharam que deveriam ser gratuitas porque “as notícias são um bem público”.
Saturação de assinaturas – os participantes sentiram que já gastam o suficiente em outras assinaturas, como serviços de streaming de vídeo e música. Alguns sugeriram que obter apenas uma assinatura de notícias cria um medo de perder o que os outros estão publicando.
Uso insuficiente – alguns simplesmente perceberam que, apesar de terem a assinatura, não estão lendo o jornal o suficiente e outros com essa mentalidade pensaram que, uma vez inscritos, precisariam de um tempo extra para ler o jornal para que a assinatura e o dinheiro valessem a pena.