O áudio está evoluindo rapidamente. Indo além dos podcasts, os editores estão experimentando artigos de áudio, áudio social/ao vivo, resumos curtos, etc., escreve Faisal Kalim, no WNIP.

Segundo ele, 80% dos 246 líderes de mídia de 52 países entrevistados pelo relatório 2022 Journalism, Media and Technology Trends and Predictions, do Instituto Reuters, dizem que vão investir mais recursos em podcasts e áudio digital este ano.

“O crescimento do consumo de áudio digital é uma tendência há alguns anos, impulsionado por uma combinação de smartphones, melhores fones de ouvido e investimento em podcasts de plataformas como Spotify, Google e Amazon”, diz Nic Newman, pesquisador sênior do Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo. “Mas, no ano passado, vimos o rápido desenvolvimento de uma gama muito mais ampla de formatos digitais, como artigos de áudio, resumos e mensagens de áudio, além de formatos ao vivo, como áudio social”.

O relatório de inovação de mídia da FIPP, por sua vez, resume as inovações interessantes que acontecem nessa área com estudos de caso informativos e insights valiosos. A mais recente edição do estudo investiga como os editores de todo o mundo estão inovando em formas anteriores de áudio para atrair e reter leitores e aumentar a receita.

“Junto com a incrível expansão dos podcasts em todo o mundo, as inovações no formato estão provando que o áudio pode abordar muitos aspectos do funil de engajamento”, destaca a pesquisa.

Embora a publicidade seja a principal fonte de receita dos podcasts, há oportunidades crescentes de receita direta dos leitores, especialmente depois que a Apple Podcasts e o Spotify revelaram seus programas de assinatura de podcast.

Editores como The New York Times, The Guardian e Slate têm feito experiências com podcasts exclusivos para assinantes/membros. Mas a grande maioria das empresas de mídia não entrou na área devido às complexidades tecnológicas. Agora, com a Apple e o Spotify fornecendo a tecnologia, os editores podem facilmente colocar podcasts atrás de paywalls.

Converter artigos de texto em áudio é outra estratégia preferida por alguns editores: eles perceberam que a formatação pode desempenhar um grande papel na retenção de público, de acordo com o relatório.

Não é uma estratégia nova. The Economist usa uma voz profissional para criar suas edições de áudio. A editora dinamarquesa Zetland teve um sucesso significativo em conseguir que os repórteres criassem versões em áudio de suas histórias. O New York Times comprou a Audm, que usa profissionais para fazer a mesma coisa. Mas os editores também têm a opção de usar soluções de IA que agora podem fornecer resultados de alta qualidade. O The Washington Post usa uma solução de inteligência artificial chamada Polly para criar versões em áudio de seus artigos.

Agrupar artigos de áudio e podcasts é outra estratégia que os editores usam para aumentar a receita. A editora alemã Der Spiegel oferece esse pacote. Ele inclui uma versão em áudio da edição semanal da revista, um podcast diário de notícias e alguns outros podcasts que oferecem dicas de equilíbrio entre vida profissional e pessoal, cobrindo nutrição e atenção plena e tópicos para crianças e seus pais.

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