Os especialistas em assinaturas da Mather Economics preveem que o volume de assinantes digitais de títulos dos Estados Unidos ultrapassará os assinantes impressos em 2023, informa Aisha Majid, no Press Gazette.
Embora o número de assinantes digitais seja para alguns editores um segredo comercial muito bem guardado, uma pesquisa da Press Gazette revelou uma série de títulos independentes e locais com um número considerável de assinantes digitais.
Enquanto o Los Angeles Times e o Boston Globe, sem surpresa, lideram a lista com mais de 500 mil e 244 mil assinantes digitais, respectivamente, nomes menos conhecidos (pelo menos globalmente) também estão indo bem.
O Minneapolis Star Tribune disse à Press Gazette que atualmente conta com mais de 100 mil assinantes digitais, enquanto o Newsday local de Long Island já ultrapassou 50 mil assinaturas digitais, apesar de apenas oferecê-las a sério desde 2019.
O Seattle Times, que é de propriedade independente do editor Frank Blethen, dobrou sua contagem de assinantes em três anos, ultrapassando 81 mil no início deste ano.
Grandes redes, que tendem a não compartilhar números para títulos individuais, entretanto, relataram crescimento de assinantes digitais para a empresa como um todo.
Gannett, editora do USA Today, bem como cerca de 100 títulos locais, disse à Press Gazette em um e-mail que seus assinantes pagos apenas digitais cresceram 44% no primeiro trimestre de 2022 em relação ao trimestre anterior, para 1,75 milhão. Lee, a quinta grande editora do país, tinha 450 mil assinantes digitais até o final de 2021.
Mas, embora a contagem de assinantes seja encorajadora, a receita ainda está atrasada, diz Peter Doucette, diretor-gerente sênior da Mather. Segundo ele, a divisão de receita entre assinaturas impressas e digitais permanece na faixa de 85% a 15%, em favor da impressão. “Há um fluxo de receita grande e crescente, mas claramente não grande o suficiente para ser sustentável para uma organização de notícias por conta própria neste momento”, diz ele.