A exemplo do que acontece com as organizações e os profissionais de jornalismo, as grandes empresas digitais também deveriam ser regulamentadas, sobretudo no que diz respeito a forma como fazem dinheiro com publicidade. A afirmação é do presidente-executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Marcelo Rech, no painel “Segurança ou censura? As necessidades e polêmicas da regulação de mídia e das redes sociais”, dentro do 5º Fórum de Jornalismo Especializado, Regional e Comunitário, realizado pelo Centro de Estudos da Comunicação (Cecom) nos dias 24 e 25 de julho.
“No caso da publicidade, nós temos defendido que as plataformas têm de ser responsáveis pela forma que ganham dinheiro. Nenhuma empresa no mundo pode se eximir da responsabilidade pela forma como faz dinheiro. Ninguém pode”, disse Rech. “Um supermercado não pode vender um alimento vencido e contaminado que intoxicou consumidores e dizer que não tinha responsabilidade, estava apenas vendendo o produto e não tinha obrigação de olhar o prazo de validade deste alimento. Isso é inaceitável, e na verdade as plataformas hoje se comportam hoje como inimputáveis”.
Também participaram do painel Fransico Belda, diretor de operações do Projor, e o deputado federal Orlando Silva (PCdoB/SP), relator do projeto de lei das fake news (2630/20). A 5ª edição do Fórum contou ainda com a participação de Rafael Silveira (dia 24/07), coordenador do Comitê de Estratégias Digitais da ANJ, e Jean Mannrich (dia 25/07), coordenador do Comitê Mercado Leitor da ANJ.
Veja o encontro nos dois links abaixo.
24/07/2023: https://bit.ly/5FJE_5FJRC-DIA01NC
25/07/2023: https://bit.ly/5FJE_5FJRC-DIA02NC