Quem nunca recebeu uma mensagem de WhatsApp e desconfiou que tinha algo estranho naquela informação? Ou viu nas redes sociais uma imagem que parecia ser uma montagem?
Esse tipo de conteúdo, popularmente conhecido como “fake news”, tem se tornado cada vez mais comum na internet e, neste ano de eleição, promete invadir os celulares como uma avalanche. São informações falsas, tiradas de contexto, que até parecem verdade, mas não são. E nem sempre esses conteúdos são fáceis de checar.
Para ajudar os jovens eleitores, que vão votar pela primeira vez, a identificarem mentiras que circulam em meio a informações verdadeiras, A Gazeta lança o projeto Informação de Verdade. Nosso time de reportagem vai realizar oficinas com estudantes de ensino médio, dando dicas para utilização de ferramentas básicas de checagem. Podem se inscrever professores e alunos de escolas públicas e particulares de todo o Espírito Santo. Para se inscrever, basta preencher o formulário clicando aqui.
O treinamento vai ser dado por alguns dos nossos editores e repórteres, que estão acostumados a fazer verificação de conteúdos manipulados e que foram colaboradores do Comprova, uma coalizão de veículos de mídia no Brasil para combater a desinformação. Desde 2018, A Gazeta é um dos parceiros do Comprova.
Um projeto piloto com estudantes do 1º e 2º anos da Escola Monteiro Lobato, em Vitória, foi feito, de forma virtual, em 2021. Sob coordenação do professor de Sociologia Ezimar Bravin, cerca de 50 alunos participaram das oficinas. E foi ele mesmo quem fez o contato com a redação para a parceria.
“Já tínhamos este sonho de poder levar um pouco do nosso conhecimento para jovens leitores. Isso se materializou ano passado, após o contato do professor, para que pudéssemos ajudá-lo na construção desta experiência para os alunos. E o encontro dos jornalistas com os estudantes foi formidável, com certeza enriquecedor para todos”, destacou a editora-chefe de A Gazeta e CBN, Elaine Silva.
No jornalismo, o fact-checking, ou checagem de fatos, surgiu antes mesmo da internet e faz parte do dia a dia da apuração de um repórter. Hoje, essa habilidade é um diferencial nos principais meios de comunicação do mundo, que tem seus próprios projetos de combate à desinformação.
A Gazeta, por exemplo, tem o Passando a Limpo, que visa a esclarecer informações distorcidas que foram produzidas para manipular uma visão sobre determinado assunto. Nas eleições de 2020, esse recurso foi utilizado durante os debates entre os candidatos a prefeito das cidades da Grande Vitória.
Segundo Elaine Silva, em esse projeto nas escolas, A Gazeta dá um passo à frente ao levar a discussão sobre a desinformação para dentro da sala de aula e ajudar os estudantes a desenvolver novas habilidades com a checagem das informações”, disse.
Para o Editor Executivo de Performance de A Gazeta, Aglisson Lopes, a participação de estudantes é essencial para criar uma cultura de checagem de informações, atenta ao que é ou não uma verdade. “A disseminação de boatos, de mentiras no mundo digital, acabou se tornando parte das nossas vidas. E em ano eleitoral, essa verificação se torna ainda mais importante para as pessoas não caírem em cilada”, afirma.