Relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) revela que a impunidade de crimes contra jornalistas se alastra de forma alarmante. Nos últimos anos, a entidade informa que 9 em cada 10 assassinatos não foram solucionados. Segundo o Portal Imprensa, 86% dos 1.284 assassinatos de jornalistas registrados em todo o mundo desde 2006 continuam sem solução.

Em um comunicado, Audrey Azoulay, diretora-geral da organização, afirmou que em 2021, “mais uma vez, muitos jornalistas pagaram o maior preço por expor a verdade”. Ela informou que o ano passado registrou “o menor número de mortes anuais em mais de uma década” – 55 profissionais ao todo. Conforme o Observatório de Jornalistas Assassinados da UNESCO, em 2021 dois terços das vítimas morreram em países onde não há conflito armado.

Mesmo com o recuo no número de assassinatos, a impunidade permanece elevada. “A impunidade para esses crimes continua sendo generalizada”, destacou a diretora-geral da Unesco. “O mundo precisa de independência, informação factual mais do que nunca. Nós precisamos garantir que aqueles que trabalham incessantemente para providenciar isso o façam sem medo”, alertou.

Em 2021, assim como em 2020, jornalistas lidaram com prisões, ataques físicos, intimidação e assédio, até mesmo quando realizaram a cobertura de protestos. As jornalistas continuam a correr um risco particular, já que estão sujeitas a uma prevalência de assédio online, de acordo com a UNESCO. Dados de uma pesquisa mostram que quase três quartos das profissionais de mídia já foram vítimas de violência online por conta do trabalho.

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