Júlia Schvartzer, da Chartbeat Tubular

No segundo painel do 2º DATA DAY da ANJ, Júlia Schvartzer,
Senior Customer Success Manager da Chartbeat Tubular (USA), e Daniela Flor, Product Owner do Estadão (SP), fizeram apresentações sobre como avaliar a sua audiência por meio de dados.

Júlia destacou os dados obtidos pela ferramenta Tubular especificamente para vídeos, que analisa 5 bilhões de usuários ativos por mês. Segundo ela, a jornada do leitor mudou muito, com os hábitos digitais via smartphone.

A executiva disse que é preciso estabelecer estratégias de acordo com a características de cada plataforma. No YouTube, por exemplo, disse ela, os veículos têm postado vídeos longos, quando há interesse por vídeos mais curtos, de 2 a 3 minutos. Já o Facebook, onde o tráfego cai, pode ser uma oportunidade de negócios se houver uma estratégia correta.

Ao mesmo tempo, de acordo com a executiva, o maior engajamento está no TikTok e no Instagram. “Se você não tem uma estratégia de TikTok, já passou a hora de ter”, afirmou.

Júlia afirmou ainda que vídeos em sites e em redes sociais podem ter comportamentos diferentes. “Às vezes o que funciona no site não funciona nas redes sociais”. Segundo ela as visualizações de vídeos para propriedades de mídia cresceram, em 2023, 11%, enquanto o engajamento aumentou 7%. Por fim, recomendou: “Crie suas estratégias competitivas com base em seu alcance e engajamento”.

Daniela Flor, por sua vez, apresentou a estratégia do jornal O Estado de S.Paulo para o uso de ferramentas de audiência. Segundo ela, os dados de volume são importantes, mas os de comportamento são ainda mais valiosos.

“Nas redações a gente está acostumado a olhar a audiência de site, e dados de comportamento são bem mais preciosos que dados de volume, que são facilmente manipuláveis”, disse. “O volume é importante para mercado, mas dados de comportamento são fundamentais para estratégias e mudança de rota”, completou.

A executiva ressaltou que a escolha criteriosa por ferramentas de audiência faz toda a diferença. Ela afirmou que é preciso responder a uma série de perguntas que funcionam como check-in de planejamento, tais como: Quais são os objetivos do negócio? Quem vai consumir a informação? Os dados são acionáveis? Tenho recursos humanos para implementar? Há recursos? “Nem tudo serve para todo mundo”, alertou. Daniela ainda frisou que o excesso confunde e desengaja.

A moderação do painel foi feita por Lilian Ferreira, Gerente de Dados da Band Vibra.

Fotos: Rogério Lorenzoni / Studio3x