Inovação e tecnologia estão na base de projetos de jornais associados da ANJ que têm por objetivo aumentar e reter a audiência. As iniciativas estão selecionadas para a fase de mentoria e fundos do programa “Acelerando a Transformação Digital com ANJ e Aner”. Veja abaixo detalhes das propostas de o Globo; Estado de Minas; O Liberal, de Americana (SP); Folha de Londrina, do Paraná; e do Jornal do Commercio, de Pernambuco. O “Acelerando” é desenvolvido pela Associação Nacional de Jornais (ANJ) e Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner) em parceria com o Meta Journalism Project e o Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ, na sigla em inglês). Os projetos escolhidos para a última fase do programa terão mentoria pelo período de três meses e fundos de US$ 15 mil.

João Colosalle, Editor-Executivo de O Liberal, de Americana (SP)

“Vamos criar um aplicativo para o site de O Liberal com o objetivo de melhorar a experiência do usuário com o consumo do conteúdo, aproximá-lo da marca do jornal e ampliar seu engajamento a ponto de se tornar um futuro assinante. Assim como outros veículos, O Liberal tem como desafio ampliar sua audiência e suas receitas em meio digital. O jornal entende há tempos a relevância da presença digital – em multiplataformas – e como é fundamental que a experiência dos leitores neste meio promova engajamento e ajude a operação jornalística a se tornar sustentável. A criação de um novo aplicativo para o site do jornal busca melhorar o desempenho da empresa nesses objetivos, de mais audiência e mais receita. O jornal O Liberal é um dos produtos do Grupo Liberal, de Americana. Aqui, nós também publicamos revistas e anuários, além da distribuição do conteúdo em redes sociais e áudio. Além do impresso, temos o site, que teve 21 milhões de acessos no ano passado, de cerca de 7 milhões de usuários. E duas rádios: FM Gold 94.7 e Rádio Clube AM 580.”

Patrícia Maria Alves, Editora – Gerente de Produtos Digitais da Folha de Londrina, do Paraná

“O projeto da Folha de Londrina tem como principal objetivo criar um produto digital de áudio. Um podcast narrativo onde se abordam histórias de crimes reais de Londrina e região. Um mergulho em casos de grande repercussão midiática ou demorada tramitação no Poder Judiciário do Norte do Paraná que foram a Júri popular ou que ainda estão em julgamento. Para narrar as histórias dos bastidores dos casos e seus desdobramentos. O projeto visa a produção de uma série de seis episódios destinados ao FOLHACAST – canal de podcast da Folha de Londrina na qual a pesquisa, investigação, apuração e roteiro terão como base o olhar jornalístico sobre os fatos apurados e julgados. O objetivo do jornal com este projeto é desenvolver a área de podcast e engajar os jornalistas em mais uma área de produção de notícias com equipamentos que garantam a qualidade dos episódios para que o público possa se informar, conhecer os casos, mas que possa garantir também produtos de qualidade editorial e técnica para atrair investidores e fazer com que este canal seja uma fonte de receita para o jornalismo local.”

Maria Luiza Borges Lins e Silva, Diretora de Estratégias Digitais do Sistema Jornal do Commercio, de Pernambuco

“O projeto visa otimizar o inventário de vídeos do Canal do Jornal do Commercio no Youtube e da fanpage do diário no Facebook, usando técnicas de SEO, ferramentas de sugestão de conteúdo e apostando em novas narrativas. Os objetivos são angariar novos inscritos/seguidores, aumentar a audiência e a monetização através dessas plataformas. Numa feliz coincidência, o JC iniciou neste mês de janeiro um trabalho focado na produção e experimentação em vídeos digitais, apostando em uma nova forma de contar histórias para além do texto, dar explicações sobre as notícias e prestar serviço útil ao leitor. Não poderia haver momento mais apropriado para apresentarmos um projeto que une a mentoria de experts com a possibilidade de financiar a aquisição de ferramentas e montagem de estrutura para a produção. Pretendemos trabalhar em quatro pilares:
1) Investir na formação de uma comunidade interessada em notícias e entretenimento, realizando interações e listening contínuo nessas plataformas;
2) Desenvolver e testar vídeos digitais em diferentes formatos, de forma a enriquecer nossas histórias com serviços, explicações e narrativas;
3) Melhorar a forma de postagem e a performance do canal do Youtube, usando técnicas de SEO, bem como aumentar a assertividade das postagens no Facebook, com o uso de teste A/B e ferramenta de sugestão de conteúdos;
4) Montar um fluxo de acompanhamento constante das métricas e realização de aprimoramentos.”

Ramiro Costa*, Editor-Assistente de On-Line da Editora Globo

Ramiro (e) e Thales

“O projeto tem como objetivo identificar um ou mais novos nichos de audiência que serão capazes de acelerar a transformação digital do site de O Globo, aumentando a audiência e a retenção de assinantes, seja por uma mudança editorial na cobertura de temas específicos ou na criação de novos produtos. Baseado em experiências que deram certo no exterior, a ideia é, em uma primeira fase, com a ajuda da equipe de métricas, identificar nas macroeditorias do jornal microtemas com cobertura ainda rasa pela redação e que tenham potencial de audiência e fidelidade para os leitores.”
*Ramiro lidera o projeto ao lado de Thales Machado, Editor-Chefe de Esportes de O Globo e Extra

João Renato Faria, Subeditor dos portais Uai e em.com do Estado de Minas

“O principal objetivo do nosso projeto é reforçar a cobertura em algumas áreas que a gente estava sentindo como deficitárias. O nosso projeto é um bot que vai procurar notícias de tempo real de jogos e, com base em templates que a gente vai desenvolver, ele vai pegar as informações do tempo real e vai completar estes templates e publicar uma matéria sozinho. Nossa cobertura de Atlético, Cruzeiro e América é muito forte, mas não existem somente estes três clubes no país, que é muito grande e tem muitos jogos. Então, se conseguirmos ampliar a nossa cobertura sem demandar um esforço da nossa mão de obra, a gente consegue ter um incremento da nossa audiência com um investimento baixo, sem precisar deslocar as pessoas para cobrir os jogos, e consegue fazer isso usando esta tecnologia.”