O The New York Times superou as estimativas de Wall Street para seu lucro do último trimestre de 2022, uma vez que mais pessoas se inscreveram para seus pacotes de assinatura digital, informa a Reuters. Os novos assinantes compensaram uma desaceleração nas vendas de anúncios e ajudaram o jornal a abrir uma recompra de ações de US$ 250 milhões.

A empresa adicionou 240 mil assinantes exclusivamente digitais no quarto trimestre, em comparação com 180 mil nos três meses anteriores. No ano, o jornal registrou mais de 1 milhão de novos assinantes, o segundo maior número desde 2020.

“A cada trimestre, vemos mais provas de que há uma forte demanda por um pacote de nossos produtos de notícias e estilo de vida”, disse a presidente-executiva da empresa, Meredith Kopit Levien.

A gestora ativista ValueAct Capital Management, que tem uma participação de mais de 7% no The New York Times, pressionou a companhia a oferecer de forma agressiva seu pacote digital de acesso total, que inclui o site de avaliação de produtos Wirecutter e o portal de notícias esportivas The Athletic.

No trimestre finalizado em dezembro, a receita do The New York Times foi de US$ 667,5 milhões, superando os US$ 646,4 milhões estimados por analistas, segundo a Refinitiv. O lucro ajustado de US$ 0,59 por ação também ficou acima da projeção de US$ 0,43.

A receita de publicidade digital ficou estável nos três meses reportados e a empresa espera que o dado diminua em até 5% no primeiro trimestre, refletindo a fraqueza observada em outras companhias dependentes de anúncios, como a Snap.