Um grupo de 24 pequenas editoras australianas conseguiu esta semana um acordo de licenciamento de conteúdo com a gigante de tecnologia Google. Defensores da legislação e aqueles que esperam que leis semelhantes sejam adotadas em outros países dizem que o acerto, facilitado pelo News Media Bargaining Code da Austrália, deve desafiar “críticas infundadas” ao código. Para eles, o acordo é prova de que o código não é apenas para o benefício de grandes empresas de notícias.

O Press Gazette informou que o acordo ocorre logo após Rod Sims, ex-presidente da Comissão Australiana de Concorrência e Consumidores (ACCC), que ajudou a projetar o código, publicar um relatório destacando os sucessos da legislação. Ele estima que, como resultado do código, o Google e o Meta/Facebook concordaram em pagar às empresas de notícias mais de AU$ 200 milhões por ano em pagamentos de licenciamento, cobrindo mais de 20% dos custos editoriais para os editores.

“Este novo acordo na Austrália fornece receitas materiais para pequenas editoras de notícias”, disse Jason Kint, executivo-chefe da Digital Content Next, uma associação comercial que representa as editoras digitais dos Estados Unidos. “De acordo com um relatório de Rod Sims no mês passado, aproximadamente metade dos negócios que Google e Facebook fecharam são com editoras de notícias muito pequenas.”

O sentimento de Kint é ecoado por David Chavern, executivo-chefe da News Media Alliance, que representa os editores de notícias norte-americanos. “Na minha opinião, todas as críticas infundadas foram postas de lado e o código de barganha provou ser um modelo produtivo e pró-mercado para os editores de notícias reterem mais do valor que eles estão colocando no ecossistema de informações”, disse.

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