Destacar a força da mulher catarinense em diversas áreas com debates e informação de qualidade. Este é o propósito da Diversa+, projeto do Grupo ND lançado no último Dia Internacional da Mulher, em 8 de março.
Com a participação de profissionais de todo o Estado do Portal ND+, da NDTV e do jornal ND, a Diversa+ é uma editoria focada na mulher em toda sua diversidade. Com uma página especial e permanente, o conteúdo será voltado ao público feminino, que já representou 53,38% dos acessos do portal em 2021.
O projeto é amplo e a ideia é dar voz às mulheres em sua diversidade, com as diferentes opiniões, estilo de vida, necessidades e interesses.
Para a idealizadora do projeto, a gerente de jornalismo da NDTV Andreza de Oliveira, a iniciativa surgiu a partir da observação das mulheres no Grupo ND. A iniciativa é liderada ao lado da editora-chefe do ND+, Beatriz Carrasco.
“Somos muitas e somos diversas, com propósitos, ideias e objetivos diferentes. Comecei a amadurecer a ideia de como poderíamos criar um meio para abraçá-las e levar esse abraço para fora do ND”, conta Andreza.
Ao trazer assuntos sobre diferentes nichos, a ideia é enaltecer a mulher na sociedade para que “todas possam ter vez e voz, e se sintam um pouquinho ali”, além de inspirar leitoras e telespectadoras.
Mais do que uma editoria, Beatriz avalia que a Diversa+ é um movimento. “Queremos alcançar a dona de casa, a médica, a mãe, a mulher que não quer ser mãe. Reunir histórias, conteúdo de qualidade e lançar discussões sobre onde estamos e onde queremos chegar”.
As líderes do projeto destacam que os homens não ficam de fora, pelo contrário: “convidamos nossos leitores a ouvir nossas vozes e participarem de nossas reflexões. A transformação de nossa sociedade depende de todos nós”, destaca a editora-chefe do ND+.
Múltiplos rostos e assuntos
O projeto abordará assuntos como saúde, comportamento, cultura, maternidade, moda, diversidade, política, direitos, carreira e violência contra a mulher.
O gerente de Conteúdo Digital do Grupo ND, Diogo Maçaneiro, ressalta a importância da editoria promover debates e serviços feito por mulheres para mulheres.
“Mais do que apenas falas sobre o tema, o ND+ se posiciona como um agente parceiro das mulheres. Queremos que a Diversa seja um ponto de identificação entre todas as manifestações que são sensíveis a elas”, aponta.
Além das colunistas Karina Manarin, Sabrina Aguiar, Drika Evarini e Maria Alice, outras colaboradoras serão convidadas para escreverem artigos sobre suas áreas e debaterem questões relevantes de Santa Catarina, do país e do mundo.
A intenção do projeto também é promover ações relacionadas à posição da mulher na sociedade. Para isso, uma seção com dicas, eventos e cursos terá destaque na página, assim como um espaço multimídia destinado a vídeos, podcasts e lives com a equipe do Grupo ND e convidadas.
Para Jean de Oliveira, gerente de Mídias Digitais, a criação da Diversa+ “mostra, mais uma vez, como o Grupo ND está atento às necessidades e demandas da comunidade, apoiando e dando espaço para as pautas sob a perspectiva da mulher”.
E para produzir conteúdos relevantes, a relação com as leitoras será estreita. A editoria conta com um canal direto em que as jornalistas da equipe vão receber opiniões, sugestões de artigos e pautas de internautas que queiram colaborar com o projeto. Basta acessar o final da página, na seção “Me conta!”, e enviar a sua ideia.
Comportamento da mulher na internet
Em 2021, o público feminino do ND+ foi de 53,38%, ante 46,62% de leitores masculinos. Das internautas, 24,93% são mulheres de 25 a 34 anos, 20% de 35 a 44 anos, e 16,75% são jovens de 18 a 24 anos.
Para além de estatísticas, a Diversa+ chega para dar rostos aos números. “Queremos contar boas histórias e estimular a empatia. A trabalhadora rural, a moradora das periferias, a universitária, a cientista: todas nós temos histórias para contar. Não precisamos de grandes feitos, mas de sensibilidade para compartilhar como acordamos, saímos para trabalhar, cuidamos dos filhos e enfrentamos adversidades para conquistar nossos espaços – tudo isso sobrevivendo a uma sociedade ainda desigual e de violência”, destaca Beatriz.
As mulheres avançam no mundo digital e chegaram a movimentar R$ 1,5 bilhão em compras online no país de fevereiro a março de 2020. O levantamento foi realizado pela Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado especializada em e-commerce. O valor representa um aumento de 50,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O número de mulheres empreendedoras no país, por sua vez, ultrapassa os 24 milhões, apenas um milhão atrás dos homens. Segundo projeções do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a participação delas deve crescer e será maior do que a dos homens até 2030.
Por isso, a participação feminina na política também é um ponto importante para o novo projeto. A baixa representatividade delas foi o tema debatido pelo Observatório Nacional da Mulher na Política, da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados em agosto de 2021.
Em julho do ano passado, o país ocupava a 140ª posição no que se refere à participação política feminina, em ranking que contempla 192 países pesquisados pela União Interparlamentar. O país segue atrás de todas as nações latino-americanas, com exceção apenas do Paraguai e Haiti. Em Santa Catarina, apenas seis deputadas são mulheres.