Reportagem de Carol Kossling mostra que O POVO, do Ceará, é mais que um jornal ao completar seus 95 anos e se aproximar do legado centenário que será comemorado em 2028. Desde seu lançamento, em 7 de janeiro de 1928, muito mudou na comunicação, no mundo e no comportamento das pessoas, escreve a jornalista. “Mas alguns valores permanecem intactos”, continua. “Entre eles o respeito e o protagonismo que o leitor recebe a cada publicação nos canais digitais ou edições do impresso”.

Ao longo dessas nove décadas e meia, os preceitos de veracidade, qualidade e inovação são percebidos por quem mais importa, o leitor, que hoje determina o modo, o canal e quando quer consumir o conteúdo elaborado de forma plural por um time de jornalistas, colunistas, fotógrafos e especialistas.

O POVO, nome escolhido pela população por meio de “concurso público”, resiste em exercícios cotidianos de democracia com a mesma relação de transparência criada pelo seu fundador Demócrito Rocha.

Foram tantas crises econômicas, políticas, duas guerras mundiais, mas O POVO segue como único periódico impresso em todos os dias da semana e em atividade por 95 anos no Ceará, dando espaço ao leitor para criar, unir, transformar e construir uma comunicação diversificada, direta e clara com a sociedade.

A convergência entre o impresso, portal e as mídias digitais se fortalece. Em um único ano foram 462,7 milhões de visualizações de páginas.

Ao somar Instagram, Facebook, Twitter, TikTok e YouTube foram mais de 1,7 bilhão de impacto nas redes sociais dos canais O POVO e quase um bilhão de visualizações em vídeos nas redes sociais.

Isso mostra que a estratégia adotada pela direção de conteúdo tem dado certo e as notícias produzidas pelos profissionais do O POVO estão presentes como e onde seu usuário deseja.

Leitora há 37 anos do O POVO, a servidora pública da Educação de Fortaleza, Hélia Medeiros Xavier, 52, entre as tantas opções em equipamentos digitais, opta todos os pelo impresso.

Para ela, o Jornalismo sempre foi um recurso importante de multiplicação e registro de fatos. “Mas, hoje, não é só como um veículo de informação, mas também de aprendizado. Quantas reportagens me ensinaram a ser mais tolerante, a compreender meus sentimentos psicológicos, questões políticas e religiosas”, relata Hélia.

As leituras ainda proporcionaram a ela diminuição de preconceitos, aprendizagem sobre saúde biológica e a como ter uma direção defensiva. “O Jornalismo transforma uma sociedade! Além disso, nos traz arte pura, charges reflexivas e tirinhas para trazer risos e afetos”, enfatiza a servidora pública.

Compartilhamento

Hélia, que possui vaga no Conselho de Leitores do O POVO, ainda conta que leva seu exemplar para todos os cantos que vai: trabalho, banco e viagens. E quando vê algo interessante, compartilha a foto da página no grupo de WhatsApp dos pais dos seus alunos.

Outro leitor que já participou do Conselho foi o sociólogo Yuri Holanda Cruz, 42. Ele valoriza esse órgão consultivo formado por perfis diferentes para avaliar, criticar e sugerir pautas. “Isso coloca O POVO como ator das melhores práticas de governança editorial. Foi uma alegria e um desafio ter participado, por dois mandatos”, celebra.

Yuri tem memórias afetivas com o jornal impresso, mas hoje consome muito conteúdo digital na plataforma multistreaming O POVO+, conhecida como OP+.

“Uma das coisas que mais me chamam atenção são as excelentes produções audiovisuais. Longas, webdocs, séries investigativas, tudo em formato streaming. Guerra Sem Fim, Mainha, Voo 168, Cariri Pré-histórico, tem muita coisa boa. Sou assíduo ouvinte do podcast Jogo Político. O POVO transbordou o papel: leio, escuto, assisto”, afirma o sociólogo.

Ainda pontua que o jornal não se limita a replicar notícias de agências, mas conta com um grande time de jornalistas e analistas.

Sempre na vanguarda

O POVO, desde a sua fundação, tem a inovação como norte, seja pelo design gráfico, sejam pelas temáticas apresentadas ao longo dos anos, o que enfatiza o seu perfil de vanguarda. Para a presidente institucional & publisher do Grupo de Comunicação O POVO, Luciana Dummar, “mudar não assusta!”

“O POVO é um veículo em constante mudança, porque O POVO é ousado. Ao longo de 95 anos, ele se mantém jovem, inovador e moderno, porque se renova, em todas as plataformas, sem perder a essência do bom Jornalismo. Vamos nos adaptando para reforçar nossa capacidade de falar com o público e para o público, que é exigente e crítico”, diz a presidente, que está no cargo desde 2008.

Luciana confirma que o leitor não apenas consome a mídia hoje em dia, ele é protagonista, porque participa do processo e cobra isso de forma justa.

Os quase quinze anos no comando são encarados por Luciana com muito equilíbrio e ciência da responsabilidade. Ela destaca que, em 95 anos, passaram por muitos momentos e nunca foram alheios à busca pela informação plena.

“Somos pressionados, cobrados e questionados todo dia, e isso não é à toa. Ocorre porque O POVO é um farol na sociedade. O POVO completará 100 anos cumprindo o que faz de melhor – contar histórias, perseguir a verdade e pautar debates. E já estamos trabalhando para isso”, revela.

Legado

Quando o tema é o legado do jornal, Luciana entende que não é algo de uma era específica ou um marco histórico, mas todo dia O POVO renova seu legado com o público.

“O legado do O POVO é dinâmico, construído cotidianamente, expondo opiniões e análises bem fundamentadas, furando as bolhas que restringem o pensamento e noticiando a informação com a qualidade. Esse compromisso está dentro do nosso DNA. É isso o que nos move.”

Na imagem do topo, a primeira edição do Jornal O POVO publicada em 7 de janeiro de 1928

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