No nono encontro da primeira fase do Acelerando Negócios Digitais, em 9 de maio, o desenvolvedor e proprietário da Opará Criações, Junior Rocha, deu dicas de ferramentas para o trabalho on-line e métodos para reforçar a segurança digital das empresas. Ele abordou tópicos considerados princípios básicos, como escalabilidade, confiabilidade, interoperabilidade e segurança, por exemplo. Métodos de defesa, como autenticação em duas etapas, e conceitos fundamentais de hospedagem, newsletter, CRM e CMS também foram assuntos discutidos no evento.
Rocha estabelece alguns princípios que devem ser observados ao escolher as ferramentas de tecnologia para o negócio, informou a IJNET:
– Escalabilidade: a organização precisa traçar metas e pensar o negócio a médio e longo prazo.
– Confiabilidade: é preciso analisar se a empresa que oferece a segurança digital é confiável e duradoura.
– Interoperabilidade: a ferramenta contratada precisa operar bem com os sistemas que a organização já dispõe. Precisa ter compatibilidade por mais que seja uma tecnologia inovadora e vantajosa.
– Segurança: é bom olhar o histórico da empresa que desenvolveu a ferramenta, se esteve envolvida em vazamentos de dados e se o produto está de acordo com as leis do país que a organização está situada.
Rocha afirma que estão disponíveis no mercado uma infinidade de ferramentas que vão de encontro às demandas das organizações. Ele elenca alguns tipos principais que podem ser utilizados nos negócios:
– CMS (Content Management System): são as ferramentas de gerenciamento de conteúdo. Rocha destaca a WordPress, Drupal, Jekyll, Joomla, Ghost e Plone.
– Analytics: analisam os dados e o comportamento do usuário dentro do site. As mais importantes são Matomo, Mixpanel, Google Analytics, Chartbeat, Hotjar e Facebook Pixel.
– Ferramentas de escritório: utilizadas para ajudar na criação de planilhas, documentos, coletar e armazenar informações. Office 365, Google Workspace, Zoho, Proton mail, Twake, Zimbra e Nextcloud, são os destaques do desenvolvedor.
– Ferramentas para o envio das newsletters: Mailpoet, Mailchimp, Send Grid, Sendinblue, Sendy e Mailjet.
– CRM (Customer Relationship Management): são as ferramentas de relação com os clientes. Rocha afirma que tem clientes que trabalham com todas. São as Trackmob, Hubspot, Doação Solutions, Doare, Suite CRM e HYB.
Em relação às ferramentas de hospedagem de site, Rocha esclarece que existem vários tipos, desde as simples que podem custar R$ 2 mensais, mas que não são tão seguras, ao modelo de VPS (Servidor Virtual Privado), utilizado pela maioria das empresas médias de jornalismo.
Para evitar a navegação lenta, ele recomenda o Gtmetrix e o Pagespeed, que auferem a velocidade e dão um diagnóstico. “A taxa de abandono do usuário é em torno de 90% se o site não carrega em cinco segundos”, afirma Rocha. Os problemas podem ser variados, das imagens grandes e difíceis de carregar ao servidor lento. Outro motivo da lentidão pode estar associado à programação do site não atender ao usuário. “Eu preciso entender quem é o meu público-alvo. O Google Analytics me dá essa informação. Se eu sou de uma agência de jornalismo para periferias e a maior parte do meu público usa dispositivos Android 10 para baixo, o foco do meu site é funcionar num navegador que vai bem para esse tipo de Android.”
O Acelerando Negócios Digitais é realizado pelo International Center for Journalists (ICFJ), com apoio da Meta e em parceria com ANJ e Aner e outras associações. Na primeira fase do programa foram, ao todo, dez sessões voltadas para especialistas, das quais participaram centenas de profissionais.