O presidente-executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ), jornalista Marcelo Rech, participa nesta quarta-feira (28), às 12h30 (horário de Brasília), em Saragoça (Espanha), de painel sobre a preocupante situação da liberdade de imprensa em todo o mundo, dentro da programação da 73ª edição do Congresso Mundial de Jornais, promovido pela Associação Mundial de Editores de Notícias (WAN-IFRA, na sigla em inglês).

Também participam do debate Joanna Krawczyk, presidente da Fundação Gazeta Wyborcza, da Polônia; Ritu Kapur, cofundadora e CEO do The Quint, da Índia; e Joan Chirwa, fundadora da Free Press Initiative, Zâmbia, e CEO da The Mast, uma agência de notícias online, com sede em Lusaka. A mediação será feita pelo jornalista Javier Garza Ramos, consultor de segurança e membro do conselho do Fórum Mundial de Editores (WEF).

O painel será acompanhado pelo Rei Felipe VI da Espanha, que fará, um pouco antes, um discurso durante a cerimônia de entrega do Golden Pen of Freedom 2022.

“Nos últimos 18 meses os jornalistas sofreram mais de 500 ataques catalogados por diferentes entidades, vindos desde o presidente da República até uma militância que ecoa um discurso de ódio contra a imprensa que apenas faz o seu trabalho de apurar a verdade e de noticiar”, diz Marcelo Rech ao comentar o atual cenário brasileiro. “O que a gente vê no Brasil e em outros países é uma tentativa de desmoralização da pessoa do jornalista de modo que aquela mensagem, aquela investigação que ele apurou venha a ser neutralizada. Trata-se de uma guerra política que se vale muito das redes sociais”.

A 73ª edição do Congresso Mundial de Jornais se encerra na sexta-feira (30). O tópico central do congresso deste ano são as estratégias para aproximar as organizações jornalísticas do público que não vê motivos para investir em jornalismo profissional.

Outros temas de interesse também serão discutidos, como quais são as prioridades do jornalismo e do noticiário para aumentar a audiência, como promover qualidade com recursos limitados, a editora do futuro, como se preparar para crises futuras, ou a chegada de novas ferramentas como inteligência artificial e metaverso, entre outros. Realizado desde 1948, o congresso tem mais de mil participantes de 80 países confirmados depois de dois anos suspenso pela pandemia.