Mais de 500 inscrições, muitos sotaques diferentes e estilos diversos, mas uma coisa em comum: tem muito produtor de conteúdo com vontade de mostrar o seu Pará no Projeto É Pará Isso, do Grupo O Liberal e que integra o Programa Acelerando a Transformação Digital, desenvolvido pela Associação Nacional de Jornais (ANJ) e Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner) em parceria com a Meta (Facebook/Instagram) e Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ). Depois de horas analisando inscrições, vídeos enviados e o que estes creators já produziam nas suas redes, a coordenação divulgou os seis escolhidos para mostrar como o Pará é rico culturalmente pelos próximos dois meses, nas plataformas do grupo O Liberal.

Para começar, O Liberal destaca a representante da área que mais teve inscritos: a Região Metropolitana de Belém, com quase 250 candidatos. E a cidade que ficará em destaque é uma das vizinhas da Metrópole da Amazônia, Marituba, que será mostrada pelo olhar de Izabela Nascimento. Aspirante a historiadora (está nos últimos períodos do curso de Licenciatura em História), Izabela pretende mostrar como  seu município é bem mais que uma cidade dormitório, relembrando fatos marcantes dessa vizinha que se encontra na rodovia de saída de Belém – e Izabela promete levantar ainda a bandeira das cidades irmãs Benevides e Ananindeua, além da capital paraense, onde estuda e trabalha. Outro conteúdo que podemos esperar dela é sobre literatura, sobretudo a paraense. Ela participa do projeto #LendoONorte e afirma ser fã do marajoara Dalcídio Jurandir.

Falando em Marajó, o jornal apresenta o representante do maior arquipélago flúvio-marítimo do mundo. Nascido e criado em Muaná, Ronny Silva se define como um “fazedor de cultura”. Coreógrafo, dançarino, ator e maquiador, é este último atributo que impulsiona seu trabalho nas redes sociais. Com vídeos marcados por cortes rápidos e transições precisas, a cada quadro sua figura muda com uma cor ou traço diferente. Nestes vídeos ele se transforma em Lobo ou Leão, dependendo da sua opção clubística, garça namoradeira ou urubu malandro, Joelma ou até uma praia do nosso Estado. O que ele faz com maquiagem parece não ter limites.

Do Oeste do Estado vem Fábio Barbosa, jornalista, poeta, escritor, produtor cultural e de conteúdo digital, Fábio é de Santarém e vai nos mostrar assuntos de toda região do Tapajós e Baixo Amazonas, algo fácil para alguém como ele, que já viajou pelos municípios da região de barco, carro ou avião, de acordo com o que o destino o requisita. Sua proposta é mostrar que a riqueza desta área não se limita à aclamada Alter do Chão (embora obviamente esta Pérola do Tapajós terá o destaque merecido em suas postagens). Ele, que desde 2017 vem mostrando a região nas suas redes sociais, aposta que com a mentoria do projeto vai conseguir a visibilidade que faltava para que seu engajamento vá além.

Também às margens do Tapajós, mas a algumas centenas de quilômetros, está Jeová Sousa. Morador da Cidade Pepita, ele representa Itaituba e a região Sudoeste do Pará. Criador de conteúdo ativo no Instagram, Jeová promete trazer para o É Pará Isso as pepitas de ouro que Itaituba guarda: destinos paradisíacos banhados pelo Rio Tapajós ou igarapés de água cristalina no meio das matas que a cidade abriga. Sua ideia é que seus vídeos tragam ao espectador o desejo de visitar os locais mostrados ou consumir a cultura apresentada.

Da região do Salgado vem Larissa Corrêa, já conhecida nas redes sociais como Flor de Lari. A produtora de conteúdo é de Bragança e promete trazer em seus vídeos o carinho de quem fala de sua cidade natal como quem se refere a uma mãe. Ela diz ser “empanada em farinha de Bragança”, referindo-se a um dos produtos culturais mais famosos do seu município, e iguaria recentemente transformada em patrimônio cultural do Pará. Mas para além do que vem das casa de farinha, Larissa mostrará uma Bragança colorida como a Marujada, e paradisíaca como Ajuruteua ou a Lagoa Azul de Tamatateua.

Fechando a seleção vem um representante não só do Sul do Pará, mas do Brasil de origem. André Guajajara é indígena do antigo povo Tenetehara. Vive em Bom Jesus do Tocantins e transita com frequência por Marabá. Fotógrafo e artista visual, seu conteúdo é seguido e prestigiado por profissionais de renome da fotografia nacional. Sua inscrição no projeto se deu com objetivo de mostrar como vivem os indígenas no século XXI: mantendo vivas suas tradições e tendo a tecnologia como grande aliada para mostrar e ganhar adeptos para a luta dos povos da floresta, como a preservação ambiental, algo que diz respeito a todos nós.

Com tanto bom conteúdo inscrito no projeto, selecionar seis vencedores foi tarefa árdua e criteriosa para o júri. Mas quem ficou de fora desta primeira edição do É Pará Isso não será esquecido: muitas das propostas e sugestões apresentadas serão aproveitadas em parcerias futuras e colaborações, dando espaço devido para divulgação de fatos, curiosidades, inovações e cultura que lotou a caixa de e-mails do projeto.

“Tivemos mais de 500 inscrições no projeto, de todas as regiões do Estado, e muitas ótimas ideias de conteúdo foram apresentadas. Curiosidades, culinária, divulgação científica, história. Foram muitos temas que chamaram nossa atenção. E não vamos desperdiçar isso:  nossa ideia é que assuntos que não foram selecionados possam se tornar pautas para os veículos de comunicação do Grupo O Liberal, ou parcerias para divulgação destes conteúdos em colaboração com as plataformas do grupo”, afirmou Daniel Nardin, diretor de conteúdo do Grupo O Liberal.

“Estamos animados em dar início a este projeto, que tem potencial para que muitas outras edições surjam. Esta primeira fase nos mostra que o Pará tem um potencial gigante em termos de profissionais de conteúdo digital. Pessoas realmente engajadas em mostrar o melhor do seu lugar e com conhecimento técnico para fazer isso de forma criativa e chamativa”, disse Trisha Guimarães, coordenadora do projeto e criadora de conteúdo no perfil A Casa Como Ela É.

O projeto É Pará Isso agora entra na fase de treinamento dos selecionados e envio de equipamento para cada um dos produtores de conteúdo (todos serão contemplados com um smartphone, além de uma ajuda de custo durante a duração do projeto). Os conteúdos começarão a ser postados a partir do mês de junho.