O conselho é da estrategista Louise Story, que tem experiência na interseção de editorial e produto. “Esta é uma transformação de público, não uma transformação digital”, destaca.
A especialista afirma, segundo o site journalism.co.uk, que empresas de notícias devem reavaliar suas prioridades no que diz respeito à transformação digital. Em vez de pensar em como se ajudar, eles precisam começar a pensar sobre o que o público realmente valoriza, afirma. Afinal, a próxima década promete uma mudança maior em direção ao público que busca conteúdo personalizado.
No período em que Story atuou nos jornais The Wall Street Journal e The New York Times, o traço comum entre as duas experiências foi uma cultura de produto de notícias centrada em criar a experiência mais útil para os leitores. Dessa forma, eles têm menos motivos para cancelar suas assinaturas.
“O que está prejudicando a indústria de notícias – e o que continuará a prejudicar a indústria de notícias – é não ouvir o público”, insiste Story, acrescentando que a solução é olhar para dentro dos dados e interpretar o que eles significam.
O maior desafio aqui é os editores renunciarem a algum controle do que está na agenda de notícias. Eles não são mais os “formadores de opinião”, mas uma ponte entre o público e a redação. Os principais editores agora são encarregados de “decifrar e combinar” o que o público está interessado com o que seus repórteres estão buscando.
Também é importante, neste cenário de mídia digital que avança rapidamente, que os editores tenham uma equipe interdisciplinar alimentando suas decisões o tempo todo. “Você realmente não pode fazer o que precisa fazer externamente sem olhar para a cultura interna”, ensina Story.
Transformar prioridades conflitantes em objetivos consistentes requer que todos os departamentos sejam representados em reuniões importantes, que o idioma e a terminologia sejam consistentes e todos os dados sejam visíveis em toda a empresa.