As web stories, um dos mais recentes formatos promovidos pelo Google, têm sido cada vez mais usadas por veículos de comunicação da América Latina.
O Fauna News (Brasil), por exemplo, alcançou 5mil leitores “em tempo real” em uma de suas web stories e alcançou 40 mil visitas em apenas dois dias, informa o Laboratorio de Periodismo. No Projeto Colabora (Brasil), as histórias da web passaram a representar 40% da audiência total em outubro de 2021.
Na Argentina, Anfibia (Argentina) teve algumas web stories entre as mais lidas do ano. De fato, até os primeiros dias de março, o conteúdo mais lido de 2022 era uma web stories, segundo Sebastian Ortega, editor do site argentino.
O formato é muito semelhante às stories do Instagram, mas idealizado pelo Google. Provavelmente a principal diferença com o formato da rede social Meta é que as web stories são criadas a partir do CMS, sendo exibida no site de cada mídia.
Por exemplo, para quem usa WordPress já existe um plugin que permite que sejam criados. “O formato é aberto, gratuito e qualquer meio pode utilizá-lo”, comenta Juan Manuel Lucero, que lidera o News Lab do Google para a América Latina.
Assim como as histórias do Instagram, o formato é destinado ao consumo em celulares e pode incluir imagens, vídeos e sons . Mas, e esta é outra chave, as histórias da web são muito bem indexadas pelo mecanismo de busca do Google, então podem ser uma fonte muito boa de tráfego.
“Web stories são uma nova forma de fazer conteúdo dentro do seu site, um formato visual pensado para o celular e para informar, não apenas para entreter ou ser uma rede social. Trata-se de tentar fazer com que as pessoas que não vão ler uma reportagem consumam notícias em outro formato”, diz a jornalista Fernanda Nascimento, editora de conteúdo e estratégia digital das revistas brasileiras Trip e Tpm, de acordo com o Laboratorio de Periodismo.